E depois de seis meses, eu senti vontade de chorar. Conheço os meus defeitos, que não são poucos, mas prefiro pensar nas minhas inúmeras qualidades. Logo eu, que sou tão gentil e educada. Não tenho do que reclamar, realmente a minha criação foi de primeira.
Sou fina e humilde, mas não me enquadro no quesito "boba". Simples, eu diria. Comemoro as vitórias, aprendo com as derrotas, mas penso sinceramente que nada passa de momento: sim, sou otimista. Se não foi, não era pra ser. Se não foi é porque não me merecia.
Aliás, falando em sinceramente, sou sincera; principalmente comigo.
Tenho raciocínio lógico e rápido. Aprendo com facilidade, não costumo anotar as coisas, prefiro confiar no meu cérebro e na minha ótima memória. As vezes peco por isso, mas continuo ganhando de 2x0 sendo assim.
Obedeço os mais velhos, respeito os mais novos. E vice versa, basta ter argumento! Não discordo do fato de estar errada; nunca. Desde que você me prove que eu realmente estou, oras.
Sou infinitamente temente à Deus e lhe agradeço todos os dias por cada pássaro que voa no céu, cada folha que cai, cada sopro de vida, cada respirar.
Mas mesmo sendo assim, eu hoje tive vontade de chorar porque fui desrespeitada por ser boa.
E essa é a minha maior qualidade: eu sou boa. Boa filha, boa neta, boa irmã, boa amiga, boa funcionária, boa namorada. Boa com quem conheço e principalmente com quem não tem nada de mim. Boa por ser. Boa por dever.
Olhei pros céus hoje umas 200 vezes, segurei, manti meu orgulho.
Agradeci.
E espero que o amanhã seja melhor que o hoje.
Sempre.